Straight up, no ice

15 abril 2006

A pandemia alastra devagarzinho. Estou a perder a sensibilidade do meu sentir. A pouco e pouco dou-me conta.
Nota-se sobretudo com as pessoas do meu antes; lembro-me de como eu era e de como demonstrava o q sentia. Já ñ o faço da mesma maneira, é meio frieza, meio pedragulho.
É triste.
É defesa e ñ tenho o q é preciso pra contrariar a evolução dessa nova maneira de ser.
Ñ é q me agrade muito, mas tenho q convir q é necessário.
Já ñ tenho a vontade e a garra q tinha no meu antes. À mais pequena contrariedade, fecho a porta. Acabo o q inda nem começou.

- És exagerada. Cuidado com isso, ñ fujas de situações só porque tiveste más experiências.
- Ñ é exagero, é protecção.
- Cuidado.

- O q é q tu queres?
- Ñ consigo viver com menos.
- É entrega total
- Mai nada
- Cuidado a fasquia tá alta
- Demasiado alta

- Tou demasiado exigente
- Confio em ti, mas tás diferente




















Ai, o q ñ se deve fazer...
Ñ se confunde quem ñ tem muito pra arriscar.
Ñ se diz esquece a quem ñ tem muito pra arriscar.
Ñ se deixa pendurado quem ñ tem muito pra arriscar.
Ñ se deixa de contactar quem ñ tem muito pra arriscar.
Ñ se ñ se abre o coração e a mente a quem ñ tem muito pra arriscar.
Ñ se ñ partilha e explica o q aconteceu a quem ñ tem muito pra arriscar.
Ñ se ñ se dá provas de confiança e força a quem ñ tem muito pra arriscar.

Porque quem ñ tem muito pra arriscar, fecha portas.

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