Straight up, no ice

18 julho 2010



Há dias em que de manhã, não se pode à tarde, sair de casa pela noite.
Acho que me tou a cansar de ser mal compreendida. E ser alvo de idiotices. Acho que preciso voltar a trabalhar no sistema independente. Ser funcionário público é um insulto à competência.



O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesmo compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que se não sente bem onde está, que tem saudades... sei lá de quê!

Florbela Espanca



10 julho 2010

Rearranjos

Hoje li tudo o que já aqui escrevi.
E se foi muito. Lembrei-me de muita coisa ruim e desatei a rir com outras.
E mantenho. As palavras, as mágoas que faço por esquecer, as asneiras, sim, sobretudo as asneiras.
Quem não diz uma asneira no momento em que é preciso, não tem o que é preciso.

E estes dias têm sido de férias; descanso pouco. Amigdalites, febres, antibióticos, dores, miúdo a vomitar.
Praia... 2 dias. O meu médico disse que era melhor não ir porque tive muita febre e tal... O meu médico que não é meu. Não foi bem uma consulta, foi uma indicação. Ah e tal e, eu segui. Acho que ele só se queria vingar do facto de estar fechado num gabinete chato.
Mas pronto, enfim, também tive bastante trabalho cá por casa e o trabalho vem sempre antes do prazer. E ando nas remodelações. A casa de banho tá quase, o quarto do miúdo tá quase, o meu tá quase, a sala tá quase. Falta o quase.
As remodelações são uma desculpa para o rearranjo interior.

21 junho 2010

Ausente do plano


Cheia de trabalho....
Felizmente.
Tenho um Chefe (quase) só pra mim.

E quase numa de férias, tenho andado com o Jorge Palma no ouvido e na cabeça e sinto-me parva.
Andei durante tempo a ignorar o real valor do que escreve.
Há poetas muito vivos em Portugal. Alívio.

Ando apaixonada plo que escreve. Dá vontade de me perder.

02 junho 2010

Tinha isto aqui encravado


Tenho que desabafar.
Um dia destes fui uma querida, uma fofa, uma sensível, um mimo de rapariga e felizmente fui ignorada.
O mundo tem a sua ordem e não a devemos perturbar.
Quando o mundo não está nem aí pra nós, eh pá... Relaxemos e sigamos em frente.
Se for possível, sorrindo.

26 maio 2010

Introspecção

"Twenty years from now you will be more disappointed by the things you didn't do than by the ones you did."

Mark Twain

19 maio 2010

Pois

Deu-me uma coisinha e mudei o aspecto disto e agora não o consigo formatar como quero, mas
como sou teimosa, vai ficar assim, até que consiga e depois logo se vê. Ou não....
Por isso peço desde já desculpa aos eventuais leitores pelo incómodo e relatem problemas e sugestões se fazem o favorzinho.
Muita grata desde já pela compreensão e essas coisas todas com que me costumam presentear.

18 maio 2010

Mamas e outras que tais

E por falar de mamas, eu praticamente fiquei sem as minhas, mas pra compensar tenho uma caixa torácica de fazer inveja. E um filho lindo e bem alimentado.
Tenho dito.

Fodas interiores

A loucura de ser como sou.
Resmungona, exigente e mau feitio.
Resmungo quando as coisas são mal feitas, exijo que sejam corrigidas e faço todo este processo com um mau feitio que dá pena de quem tem que me aturar.

Mas afinal isto é assim: A vida é uma puta sem nome e eu gosto de complicar.

Não gosto de gente que vive à base do nojo que mete aos outros.
Não gosto de gente que se mata por um par de mamas (de plástico ou não). Quer seja gaja ou gajo (desesperadamente atrás dela).
Não gosto de gente que escanzeladamente se oferece à degustação de outros (que só por acaso são o Great Grand Boss...)
E não adiciono esta gente no Facebook. Pla minha alminha e seu descanso, haja dó!

E vivo num dilema desconfortável.
Será que vale a pena mudar de vida, deixar o emprego e ir pra casa empreender?
Porque uma quantidade grande de gente (putas) me fode o juízo?

Preciso sinceramente de serenidade. Aos molhos.

14 maio 2010

Foi estranho

De vez em quando tenho pesadelos.
Daqueles tão grandes que acordo mesmo muito assustada e demoro pra esquecer.

Ontem foi tão estranho.
Tava no meio de um sonho muito bom. Não me lembro o que era, mas era bom e de repente acordei tal qual como se fosse um daqueles pesadelos. Mas ao contrário.
Supra estranho.
Que doideira.


A soberba genialidade

É a 2ªvez que tenho umas horas livres e decididamente reservadas para ir à praia por o bronze em dia e, chove!
Eh pá, eu fui na mesma.
E apanhei um frio do caroço, tal que nem da cadeirinha da esplanada saí.
O vento tava de tal maneira irado que me fartei de chorar. Tanto, mas tanto que o senhor (rapazão) do bar me veio perguntar com muito jeitinho se eu tava bem ou se precisava de alguma coisinha.
Eu disse-lhe que queria uma hora de sol bem passadinho com muito pouco vento. O tipo riu-se...
Pudera amigo. Tu tens a praia todos os dias.

12 maio 2010

Ontem

Foi tudo ver o Papa.

Eu dei graças por ter tido a tarde de folga.
Porque pude ter aquele sentimento de liberdade outra vez.

Já sentia falta de ir sem hora marcada para voltar.
Já sentia falta de me sentar em frente ao mar e ficar ali, a ouvir, a ver, a ler, a respirar.

Tive um filho, a vida mudou toda.
Deixei de poder alinhar nas saídas e patuscadas porque tenho a responsabilidade de tomar conta da minha criança.
Deixei de poder ir "só ali abaixo deitar o lixo" porque tenho o menino a dormir e obviamente não o vou deixar sozinho em casa para descer 8 andares, despejar o lixo e voltar a subir.
E com isto, vai tudo o que se lhe possa assemelhar.
Acho que há um filme que retrata bem estas situações. Motherhood. Ainda não o vi, mas espero sinceramente poder. Nem que seja para sentir correspondência ou identificação.
mesmo que isso não me traga soluções.

Por isso é que ontem foi tão importante para mim.
Aquela tarde magnífica em que deixei o menino ficar na creche e fui até à praia ler o meu livro.
A sensação de posse de mim mesma e do meu tempo e espaço é de um poder que não se explica.
Só quem por lá passa, só quem se vê anular assim a si próprio ao longo do tempo é que compreende isto.

E posto isto, amanhã quero mais. Amanhã quero o dia todo. Tenho que passar a ferro, dar uma geral lá em casa, ir à praia apanhar sol, acabar o meu livro do Condestável e ir buscar o menino pra irmos brincar à bola no Jardim. Ao fim do dia, vou buscar a minha amiga S. e vamos jantar com a nossa amiga E. porque ela faz anos.
E antes disso convém ir comprar a prenda dela.

11 maio 2010

Esta fez-me rir mesmo!

Não há muitas assim. Bem esgalhadas.


Gamei-a daqui.
Sorry and many thanks.

10 maio 2010

Quero um Chefe só pra mim...

Pois quero. Q me dê trabalho só a mim, pra ver se faço algum.
Q treta.
Yeah, tou queixinhas.
Ando com o período, ok?!
É segunda-feira, ñ tenho absolutamente nada pra fazer e só me apetece dormir.
Além do mais, tou a atirar pra introspecção e melancolia.

"Don't stop me now, i'm having such a good time..."

E sarcástica...

05 maio 2010

Life's Good

Será que o meu Boss anda a ler o meu blog?
Hoje pela primeira vez , e assim de repente, tive trabalho.
Trabalho mesmo.
De encher o olho e tirar a barriguinha de misérias.
E amanhã há mais.
E com jeitinho, inda chega pra sexta.
E basicamente tudo à custa da incompetência provada e demonstrada da tipa-loira-que-andou-na-porcalhonice-com-a-gente-sabe-quem.
O karma do Universo é lixado e é realmente bom ver o nosso valor reconhecido por aqueles que realmente interessam, apesar de saber que não são esses who call the shots.

04 maio 2010

O (Pre)Conceito II

Pois Caro Contribuinte, cá estou eu em mais uma investida paga por si!


Sinto-me uma inútil, uma desaproveitada.
Sentada numa secretária a olhar pros telhados em redor EM VEZ DE ESTAR A TRABALHAR, A PRODUZIR qualquer coisinha...

E não volto a ir pedir (implorar) que me deixem trabalhar um bocadinho.
É que já que estou aqui 8 horas por dia, poderia perfeitamente estar a fazer alguma coisa além de engordar aqui sentada e a desenvolver possíveis problemas de miopia.
Nem uma m**** de um telefone tenho para poder atender as (quase nenhumas) chamadas de pedido de assistência.

Acho que nunca trabalhei tão pouco em tanto tempo. Faz hoje uma semana. Inteira.

O (Pre)Conceito

Quando o preconceito se transforma em puro conceito.

Eu tenho mesmo problemas associativos de estupidez a loiras.

Que fazer quando nos vemos ultrapassados pela tipa que toda-a-gente-sabe-que-andou-na-porcalhonice-com-o-Mr.Burns-e-que-foi-assim-que-se-conseguiu-manter-naquele-cargo-que-era-suposto-ser-para-nós?

Uma coisa é certa.
Não faço o mesmo que ela, não lhe dou o gosto de me ver diminuída, não imploro que a minha competência seja reconhecida nem tão pouco aproveitada (ok, ok... já o fiz e não valeu de nada...).
Eis que me torno numa qualquer e típica Tuga.
Faço 20 pausas pra café, inspecciono o mail 50 vezes por dia, acedo ao Facebook, vejo os jornais electrónicos, deambulo pela net e faço planos pro futuro.

Caro Contribuinte, sim, é você que está a pagar por isto.
E pela tipa-loira-que-toda-a-gente-sabe-que-andou-na-porcalhonice-com-o-Mr.Burns e que no seu elevado cargo na estatística decide que uma amostragem significativa de algo é dividir os dados desse algo por dez.

Como é que me é possível não ser preconceituosa !?!?
Deus nos valha e os santinhos nos ajudem...

03 maio 2010

Pensar nunca trouxe nada de bom a ninguém

Over futile odds
And laughed at by the gods
And now the final frame
Love is a losing game

Há dias em que não devo deixar prender o olhar na cor e luz do Rio.

15 abril 2010

Eu gosto

Tenho um amigo que costumava dizer (escrever) aquilo de que gostava.
Pensei que talvez fosse (me fizesse) bem pensar (escrever) (n)as coisas de que gosto.
Aligeirar o pensamento (mood) e respirar mais calmamente...
Logo,


Eu gosto de ver os barcos na marina, a baloiçar na água.

09 abril 2010

Palavra do Dia



Propedêutico

tenho uma fascinância inigualável por esta palavra.

( I ) Do not disturb


ADORO ter crédito no telefone!
1:59
1:58
...

08 abril 2010

Corrompido

Pois.
Este blog foi corrompido.
Alguém andou a ler e, sem perceber, pensou que percebeu e afinal percebeu tudo errado.
A gente tem direito à nossa individualidade, a pensar e a duvidar como, quando e onde lhe apetecer.
E é a loucura.
E deixa andar.
Hei-de voltar.
Acho que já o fiz.

E cada vez gosto mais de ficar de olhos fechados, virada pró Sol, à espera que nada aconteça.
Hajam dias!

08 janeiro 2010

Limites?

A melhor e mais intensa relação que se tem com alguém não tem necessariamente que envolver sexo.
Alguém com quem se vai tendo umas boas conversas e com quem se vai construindo dia após dia, ao longo de meses, qualquer coisa que nenhum dos dois sabe bem o que é, será eventualmente melhor que sexo ao desbarato.
As boas conversas serão sempre isso. Sexo é qualquer coisa que acaba como começa e nem sempre é bom.
E concorrência pra isso é o que mais por aí há .

07 janeiro 2010

Oficial e Cavalheiro

"Foi um prazer. "
Ouvir-me falar ontem de manhã sobre os mercados cambiais.
Pois, tive oportunidade de pedir desculpa sobre ter enchido aqueles minutos de euro e dólar. E a resposta foi assim.
Realmente só um grande cavalheiro pra dizer uma coisa destas.
E fez-me sentir bem. Até especial.
(Será que diz isto a toda a gente? Lá se vai o especial...)
Disseco muito as coisas, penso e repenso nas palavras ditas, na oportunidade perdida de dizer assim ou diferente.
Normalmente atrapalho-me na hora, fico nervosa (mesmo, mesmo). Sobretudo perante aquele olhar hipnotizante, meigo mas com o seu quê de desafiante.
E agradeci embevecidamente o facto de me ter falado dum paraísozinho muito pertinho e que desconhecia completamente.
Nomeei-o meu Conselheiro de Escapadinhas. Já é o 2º paraísozinho que me dá a conhecer.
Sempre com direcções pormenorizadas e notas interessantes.
Nunca me perdi no caminho e os detalhes que me conta fazem-me reparar em coisas que de outra maneira me escapariam no "primeiro encontro".

É daquelas pessoas tão interessantes que juro que penso que não tenho pedalada pra o acompanhar.
Eu não sou tão interessante assim, nem conheço tanta coisa assim. As revelações das minhas experiências esgotam-se em poucas conversas.
As dele duvido. O homem é uma fonte de vivências.
Espero ser assim também quando tiver perto dos 50.
Espero ser interessante assim pra alguém.
Espero que alguém ache de mim o que eu acho dele.

06 janeiro 2010

Um dia atiro-me de cabeça.

Nos mercados cambiais.
Outra vez.

Um dia vou ter contigo quando menos esperares.

Assim sem mais nem ontem.

Um dia pergunto o teu nome.

O teu nome próprio.
Sei qual é, mas como nunca me o disseste, não te o chamo.
Até que me permitas fazê-lo.

Um dia vou falar menos e ouvir mais.

Tenho um "amigo" meio triste hoje.
Tem um funeral de um familiar.
Fiquei meio triste por ele estar triste. Sou inconscientemente solidária.

Eu não vou a funerais. Custa-me desligar das pessoas de quem gosto. Não acredito que morram. As pessoas só desaparecem se as esquecermos.

"Vou lá. Estas coisas são meio desagradáveis mas é um ciclo da vida." Mais ou menos as palavras dele.

A conversa foi hoje de manhã enquanto me pagou o café. Encontrei-o por acaso e quando me perguntou se estava tudo bem disse que assim assim, se iam arrastando os ossitos mas que estava a ponderar sair do hospital e que não me agradava muito a ideia.
E falámos das minhas resoluções de fim de ano, que inda não estão bem definidas, exceptuando a minha volta aos mercados cambiais. E passei aqueles minutos a explicar sucintamente como funcionava o mercado. Foi quando nos despedimos que surgiu o tema do funeral.
E de repente apercebi-me de que falei do meu "problemazito" de mudança ou não de trabalho, enquanto ele se preparava para ir para um funeral.

Fiquei a pensar que normalmente falo muito e ouço pouco. E entristeci.