Straight up, no ice

14 junho 2006

Tu

Jack,

Q dizer?...
Encarnaste e entraste feito furacão.
Deixa-te estar pra aí alojado q eu fico por cá sentada no topo da montanha q já subi. Daqui pra baixo, só mesmo com uma modalidade olímpica, daquelas perigosas em q eu sou campeã.
Já ñ tenho muitas pressas, sabes?... A gente vai aprendendo. Devagarinho, mas aprendendo. A instrução sempre foi um investimento seguro.
Ñ vou tentar fazer filmes de instantaneadade. Nem filmes assim com prazo de validade.
Ñ vou fazer nada, ñ vou pedir nada, ñ vou esperar nada. É sempre melhor assim. Já ñ tenho idade pra essas coisas, entendes? Já me custa arrastar os ossitos plas vielas, já nem olho muito pra frente, é sempre mais pra baixo... A calçada tem coisas interessantes em q se devia reparar mais.
Sinceramente a segurança é uma coisa constante na minha mioleira. Mais a dos outros, mas q fazer?... Tb já ñ tenho idade pra mudar isso.
É mais seguro assim. Pra ti. Eu ñ sou boa vida pra ninguém, sabes? Tenho os muitos dias maus. Maus por tudo, por nada. Sempre por alguma coisa q ñ se consegue compreender bem.
As coisas têm o seu ritmo. É devagarinho, devagarinho...
Tempo, desse tempo dos humanóides, devo ter muito e se ou ñ, só se pode pensar duma maneira. Ñ se pode ter tudo, nem temos sequer tempo na vida pra ter tudo.

Hoje apetecia-me ficar a ver o pôr-do-sol. Queria ver o tempo todo q demora cá.
Na praia da Laginha demorava muito, mesmo muito. Quando eu me sentava na areia e ficava a olhar pra nha Monte Cara.

Não o vi... Também ñ pedi... A verdade é q ñ peço o q quero. Por achar q ñ é direito meu. E ñ é.

Já é muito tarde mas ñ quero dormir. Apetecia-me ir andar até um farol. Faz de conta q lá vou, tá bem?

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