Straight up, no ice

12 maio 2010

Ontem

Foi tudo ver o Papa.

Eu dei graças por ter tido a tarde de folga.
Porque pude ter aquele sentimento de liberdade outra vez.

Já sentia falta de ir sem hora marcada para voltar.
Já sentia falta de me sentar em frente ao mar e ficar ali, a ouvir, a ver, a ler, a respirar.

Tive um filho, a vida mudou toda.
Deixei de poder alinhar nas saídas e patuscadas porque tenho a responsabilidade de tomar conta da minha criança.
Deixei de poder ir "só ali abaixo deitar o lixo" porque tenho o menino a dormir e obviamente não o vou deixar sozinho em casa para descer 8 andares, despejar o lixo e voltar a subir.
E com isto, vai tudo o que se lhe possa assemelhar.
Acho que há um filme que retrata bem estas situações. Motherhood. Ainda não o vi, mas espero sinceramente poder. Nem que seja para sentir correspondência ou identificação.
mesmo que isso não me traga soluções.

Por isso é que ontem foi tão importante para mim.
Aquela tarde magnífica em que deixei o menino ficar na creche e fui até à praia ler o meu livro.
A sensação de posse de mim mesma e do meu tempo e espaço é de um poder que não se explica.
Só quem por lá passa, só quem se vê anular assim a si próprio ao longo do tempo é que compreende isto.

E posto isto, amanhã quero mais. Amanhã quero o dia todo. Tenho que passar a ferro, dar uma geral lá em casa, ir à praia apanhar sol, acabar o meu livro do Condestável e ir buscar o menino pra irmos brincar à bola no Jardim. Ao fim do dia, vou buscar a minha amiga S. e vamos jantar com a nossa amiga E. porque ela faz anos.
E antes disso convém ir comprar a prenda dela.

2 comentários:

Anónimo disse...

lol.
E tu só tens um filho !!!
Imagina quando se tem três!!!!

Kisses

EsKuro

Stratega disse...

Marquis, é uma daquelas coisas que eu admiro muito em ti.
3 filhos e um cão!
Há quê? 17 anos?
Fosgasmesse!
Deves ser a pessoa mais altruísta que eu conheço.
Um Beijo pra todos